segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Na Brasa



Arrisco dizer que hoje estou bem melhor, do que nos últimos dias, estou numa ansiedade, passei momentos em que a angustia foi minha mais próxima companheira, a ideia e que toda minha vontade não fosse suficientemente forte para me impulsionar a realização de meus objetivos. Eu cheguei a pensar que estava sendo mentiroso comigo, sobre o real desejo de me iniciar na Escola GSA, realmente esta iniciação me pegou leo coração, a tanto que não me permitia se conduzir por granes vontades em meu peito.




Lembro-me do tempo em que não me permitia a apatia os deveres, do comprometimento com as coisas daqui, meu compromisso era somente com a força oculta que me guiava e com os caminhos que me sugeria, não como um ser encabrestado, mas como um amigo de bons ouvidos, confiante e ciente e sua inexperiência nesta breve terra...




Como escrevendo agora me permite reaprender com meu próprio ser, que por meio desta conversa retorno a mim e em mim me comunico com meus guias, mestres, irmãos.'.




Eis que a luz vem aos meus olhos e as sombras se discipam; tornar-se forte é o que mais desejo, pular! Jogar-se ao abismo a vida e às luzes orientadoras no caminho: o hermitão, o inicíado.'.




Acho que esta tal iniciação já começou, dese o momento em que otei a investir meus ensamentos, emoções e ações na realização e participação este curso. Bom, que asim seja.




Com toda força e luz.'.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

A Missão Começou


Nesta sexta feira iniciamos o projeto Missão Cultural, derrepente nesta ulyima semana o projeto cresceu, tomou outras caras, novas pessoas somando força para que isto aconteça, um amigo da rua de baixo se apropriou da idéia e se dispos a cuidar da seleção de videos e curta-metragens para as exibições na praça. No primeiro dia tivemos um belo atrazo, o Israel, conhecido como Réu, estava dando oficina e não conseguiamos montar o equipamento de som que ele nos tinha sedido, a seção proposta para iniciar as 19h só teve início as 21h30, graças as costas e auxilios da comunidade que transitava pela praça, descemos até a vila visinha para buscar outro equipamento de som, no caminho pedimos para o motorista de lotação nos dar uma carona até a praça e ele se recusou, prontamente um conhecido no ponto de ônibus passou seu bilhete único para um de nós, e eu me pus a correr contra o tempo para chegar na praça, ainda no caminho passa de moto outro amigo e esse me leva até a praça. Engraçado tudo isto, me disseram a um mês em tom profético "quando fazemos pelos outros, sempre haverá alguem fazendo por nós", isto tem se mostrado fato cada dia mais forte no meu cotidiano. Grato


No sábado fizmos nosso primeiro som, convidamos o Afromix, adolescentes de 12 a 15 anos da bela vista que trabalham com percuções brasileiras e são orientadas pelo Edson eis Aprendiz Congas que conheci no Coletivo Jovem, convidamos também os Aprendizes Fl e Maskot, MCs, tudo na maior correria, buscamos todos os equipamentos em casa guardados do dia anterior e lycras emprestadas por uns amigos, prontamente todos puseram as mãos na obra e montamos uma tenda para nos proteger do sol das 14h, que lindo, que bom ver tantas pessoas em prol desta ação...eu sou é um chorão... eu fiquei preocupado neste final de semana, ainda não houve um grande presença da comunidade, mas meus amigos acalmaram minha ansciedade e aprendi que formação de público não era só trocar com pessoas presentes, mas aos poucos ir vivenciando e estimulando a participação da comunidade, permitir que ela se aproprie com suas variadas formas.


Ontem domingo, a chuva quase nos parou, mas novamente se descobre que este projeto não é só nosso e as apropriações vão acontecendo, antes de montar as coisas na praça fui at[e o dono do bar da esquina e perguntei se podiamos fazer alia sobre suas estruturas "claro, fique a vontade!", montamos as coisas e assim foi, personas passando, personas parando, outras chegando e ficando, outras indo buscar mais, quando acabou nos perguntaram, "já, mas nem começou?", "vocês, podiam fazer mais sedo", mas ja eram 22h e dai não se pode passar é lei, mas com o tempo e com maior disponibilidade as ações vão se estendendo.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

3° Tarefa






Escrevo hoje muito feliz... depois de diversas vivências estou dando um passo que acredito ser muito importante para construir a diferença que eu quero ver e ser no mundo.

Após três meses dando aulas de teatro, dança e musicalisação para crianças e adolescentes da Vila Terezinha, local onde resido, percebi que proporcionar esse acesso à arte ainda estava restrito aos educandos do Núcleo Sócio Educativo e que poderia fazer mais, para outros moradores da Vila. Comecei a cogitar com as diretoras do espaço a possibilidade de utilizarmos o Centro Cultural a pouco construído para a realização de uma ação cultural no mês de Novembro, depois de alguns dias de diálogo fomos notificados que não era possível utilizar o espaço sem um tipo de autorização da prefeitura, que ainda estava em andamento.

Eu e mais dois amigos, que abraçaram esta idéia de oferecer a comunidade uma programação cultural que dialogue com os desejos dos moradores e a construção de um ambiente de troca e fortalecimento das relações por meio de ações como os Saraus, nos reunimos após esta notícia e decidimos por levar o evento pra rua, demonstrado-se este o melhor local para acesso e usufruo pela comunidade.

Amanhã sexta-feira iniciaremos a primeira ação do evento que demos o nome de Missão Cultural, serão exibidos curtas-metragens para o público infantil, entre outras seleções como um documentário sobre a Brasilândia produzido por moradores em oficinas do projeto FabiCine. Para tal redigimos uma carta aos moradores informando sobre a proposta e aproveitando para bater um papo e saber o que estão sentindo. Hoje conversei com o Sr. Ari, 63 anos, que mora em frente a praça e ele se propôs a ver e não antever se ele quer ou não que esta proposta se realize, foi de extrema importância esta conversa pois pude ouvir críticas aos eventos até então realizados que faziam de sua casa mictório, tendo ele mesmo que limpar no outro dia, “a muitos anos a igreja realiza suas quermesses e não pede autorização coloca aquelas caixas enormes, não respeita a Lei do Som e minha calsada vira uma balada e lixão, pois vem todo mundo pra trás do palco e fica aqui!”. Pedi lhe que fosse sempre sincero, como hoje, pra que consigamos juntos construir algo que seja bom pra todos, sem desrespeitar o espaço e as necessidades do outros.

Neste processo que estamos construindo desde o fim do mês passado, temos conseguido o apoio dos Motoristas de Lotação, Comerciantes e alguns moradores. Conheci meninos que há algum tempo produze curtas, e eles irão se responsabilizar pelas exibições às sexta, um dos bares que possui um bom espaço irá residir o Sarau no dia 29.

Comecei esta idéia contando pra minha mãe da vontade de compartilhar do acesso que tive a cultura e da importância que há em fomentá-la em todos os cantos do mundo, a cultura é se não o maior elemento na construção de nossas identidades e eixo de uma identidade comunitária, nacional ou mundial. Acredito que por meio do fomento a diversidade cultural que possuímos e do estimulo as novas culturas que estão se formando conforme caminhamos um novo mundo possa se formar. Se utilizar das manifestações culturais para se estabelecer um ambiente comunitário de troca e livre criação é uma das formas de construir uma nova sociedade que começa a provocar contrações em nossas entranhas e relações avisando que esta por nascer.

Eu quero ser alimento para esta criança. Como, com tudo que sonhar.’.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Minha Ação


Vendo o video, me vendo, vendo as pessoas com quem convivo, meus familiares
Percebo que há um emaranhado de vontades,
Esperanças entrelaçadas,
Algumas veses guardadas,
O medo se constrói pela ignorancia
Pela pouca luz que chega aos nossos olhos,
Se meus olhos se abrirem ao maximo,
Ao maximo verei a luz que lhes cabe
E tudo que se ilumina a minha volta
E algo se iluminará em mim
E eu serei luz
E entrarei por entre sonhos e olhares,
Alimento de esperanças e vontades,
E outros mais se iluminaram ao meu redor e ao redor de muitos
E muita luz se fará presente
E que presente este mundo Sol
Este mundo luz que é grande e forte.'.

Tarefa 1

Quem Eu estou agora?

Atualmente as sementes antes plantadas estão já começando a florescer, conseguir desenvolver um trabalho artistico que descobri em vivências e sonhos, assumir e iniciar uma missão de fazer com e para a sociedade em que vivo, por meio da cultura, a trasnformação que acredito e a cada dia percebo que outros também.

Há quatro meses estou dando oficinas para crianças e adolescentes em um Núcleo Sócio Educativo da Brasilândia, zona norte de São Paulo. A idéia é provocá-las nesta faze a se olharem e se perceberem por meio da dança, da música, do teatro e de exercícios de meditação ativa, no ambiente em que se encontram, acordar da anestisisa causada pela falta de oportunidade e ausência de outros tipos de culturas.

Pensando que compartilhar meu conhecimento ainda não era suficiente, propus junto a dois amigos organizar um projeto denominado Missão Cultural, que irá realizar neste mês de novembro ações culturais na Vila Terezinha, sub-distrito da Brasilandia, acreditamos que fomentar a cultura é necessário para reestabelecer as relações, que fomentar a troca e construir uma identidade é preciso para se ter uma comunidade forte, para transformar. Neste processo, exatamente hoje dia 10 de Novembro, vi o quanto é importante para a comunidade, quando voltava da aula da manhã eu via o dono do bar mechendo na área onde havia colocado o cartaz, quando me aprossimei vi que ele etava recolocando pois o vento havia derrubado - "agente precisa destas coisas aqui, num acontece nada nesta vila!" - os sonhos vão começando a serem coletivo. "O Coletivo é do Povo"

Eu me sinto me encontrando, brinquei com minha mãe um dia destes ao ligar pra ela - "estava pensando em vc" "eu sei, por isto te liguei!" - ando sentindo as coisas, as pessoas, algo em mim cresece como um chamado e derrepente ouço " Guerreiros sem Armas - vem pra uma entrevista". A sensação é de que algo muito importante me conduz até si, mas até lá conhecimentos terei de adquirir, batalhas terei de travar, internas e externas, mais forte tenho de estar, até lá não posso ter crescido sozinho, tem de ser junto.

Eu acredito estar me encontrando profissionalmete em um misto de produção cultural, ação social e trabalhos terapeuticos com medicina alternativa e uma busca incessante de verticalizar estas coisas.

Sonhos, sonho em viver um dia em uma sociedade que me permita sonhar, que seja solo fértil de sonhos, que fomente a construção de sonhos. Tenho dificuldade para defini-los, algo me move hoje por fazer algo pela comunidade onde moro, outro por me desenvolver enquanto curador e compartilhar esta dádiva com o mundo, outro da fortalecer os elos de minha família espiritual (amigos, irmãos, estranhos ainda).
Percebo que nós estamos fazendo isto, arando a terra, adubado ela, meu sonho é que também tenhamos força pra continuar e que a trasnformação aconteça, que tpdas as flores floresçam dêem frutos.

Quais são os seus desafios?

Continuar sonhando e torná-los concretos ou me alimentar deles para continuar a caminhar.

Quem Eu Sou.'.

Dimas Reis Gonçalves, nascido no dia 30.07.1987 em São Paulo, morador desde então da zona norte, mais especificamente, Vila Brasilandia.

Cresci em uma dualidade não muito expressiva de dois tios traficantes e um pai polícia, de um lado a crítica a um sistema de forma caótica e suicida do outro a aceitação de um sistema, do moldar-se por ele, por sua rigidez e por suas regras repressoras. Na excência destas pessoas existe e existia a espiritualidade e a amizade, coisas que foram imprecindiveis para o meu crescimento, de um dos meus tios aprendi a parte prática da vida, o fazer, íamos todos os finais de semana para um sítio abrir o mato, construir, relaxar, entrar em contato com a família... pessoa que passou e me ensinou a continuar sonhando... doía pra ele ter se encaminhado pra "esta vida", mas ele arcava com o preço de sua opção, e fazia de seus últimos dias ao nosso lado, dias de alegria e aprendizado... nossa escrevendo agora percebo que antes que ele falece-se, após ter fugido, foi um momento de compartilhar conosco uma força que hoje me permite alimentar meus sonhos e transformações, dentro e fora de mim.

Desde muito pequeno tive sensações de coisas denominadas espirituais, conforme fui crescendo estas sensações aumentaram, me conduziram por vivências que me transformavam constantemente, com muita facilidade me relacionava com todos os grupos na escola, não pertencia a nenhum, necessitava estar no macro, ainda na escola me lembro que nunca os grupos que participei ganharam o grêmio estudantil, mas isto não me barrava, me articulava com os grêmios eleitos e com a direção e juntos construíamos propostas voltadas a produção cultural e política, assim fizemos o I Fórum de Grêmios da Zona Norte, reunindo escolas públicas e particulares da região que discutiram as relações educando/educador, envolvimento dos educandos em movimentos políticos em andamento na sociedade como a ALCA e na época o que fazer com um presídio ( o Carandirú) q logo seria impludido.

Quando mais novo queria ser rico, pois assim, acreditava eu, poderia tirar todos os moradores da rua e lhes dar moradia, alimentação. Crescendo percebi que pela minha situação social, muito demoraria até que este objetivo fosse alcançado, a não ser que...há sim... não precisava ser rico, precisava fazer algo mesmo que pequeno e com o tempo esta pequena semente iria germinar, crescer e se tornar uma bela árvore. Busquei formas de contribuir para o ambiente em que me encontrava e conheci as possibilidades de recursos disponíveis nas sub-prefeituras e por meio de um projeto de leitura, de biblioteca comunitária, conheci em 2004 o Instituto Sala 5. No começo só iria me responsabilizar pela biblioteca, mas tinha mais podia fazer mais e fizemos: intervenções artísticas, oficinas teatrais dentre outras coisas que pelo contato do Instituto com outras instituições proporcionaram oportunidades há alguns jovens da Brasilandia, inclusive a eu.

Mas sentia que não era esta ação à qual me impelia, um sonho se gerava em mim e não se definia a sua forma, foi então que em 2006 comecei a trabalhar no Centro Cultural da Juventude e tive contato tanto com o Fazer, quanto com a produção cultural e a importância de fomentar as ações de juventude dentro de suas comunidades. Conheci orientadoras teatrais que através de seus processos desconstruia a idéia de doença mental, vi corpos se transformando, vi identidades se construindo, senti algo em mim se definindo... nesta época minhas mãos começaram a esquentar, muito, muito, eu assoprava e continuava a esquentarem, se desenvolvia em mim o dom da cura... em um dia curioso com este calor e me lembrando das ventosas utilizadas na terapia oriental , resolvi colocar minhas mãos sobre as costas de uma amiga com dor, derrepente ela me olha assustada e pergunta - "o que você fez, tava uma dor de rocho, num sinto mais nada?" "Não sei?" - comecei então a buscar saber, foi neste processo que me dei conta do que era meu sonho, ele começava a transbordar por minhas mãos e começava a entender também que esta cura não se definia somente como uma imposição de mãos, curar também é construir, e criar.

Construir, criar um outro sistema, não dispersar nossas energias conflitando com este sistema já repressor, já falido e sustentado pela ignorância e interesse dos conhecedores da máquina. Por meio do olhar-se, na excência, no que possuímos de divino, o sonhar, o amor, a fortaleza, a intuição, a imaginação e outras muitas coisas, instrumentos desta nossa obra, se Deus é todas as coisas, Eu Sou Deus, sou também criador de minha realidade e subjetividade. Pensar que pessoas conscientes de si, possuidoras de uma individualidade rica, dispostas a trocar, a construir, a transformar as relações em relações livres de repressão, de esconderijos, personagens do cotidiano, são necessárias para uma co-evolução para o florescer de uma sociedade pautada em algo que sinto mas não sei definir, isto que habita nossos corações, nossos sonhos, uma sociedade Humana.Humus.

Sonho em ver os Deuses sobre a Terra, uma sociedade una e diversa, onde há de florescer em amor, e plenitude. Pra isto cabe a nós Guerreiros, Anjos de Luz despertar aqueles que ainda se encontro em sono letárgico, orientar aqueles que se encontram perdidos, abrir-se para nos fortalecermos com o saber de outros que caminham na busca de Sonhar.

Dimas Reis .'.
Namastê

quinta-feira, 6 de novembro de 2008